Diario

All good things are wild and free

É engraçado que quando ficamos doentes, tendemos a desacelerar nossas ações, e com isso, nossa cabeça. Eu não sei se foi uma merda ou uma benção, mas estou preferindo olhar pelo lado positivo da coisa. Estou me hidratando mais, comendo bem menos (perdi peso até!), e descansando. Estou há dois ou três dias sem tomar café, e dormindo bem por bastante tempo, fora as idas traumáticas ao banheiro, de resto tem dado tudo muito certo.

As coisas acontecem mesmo, faz parte da vida. Independente de estarmos sendo positivos ou não. Ninguém sabe como trabalha o inconsciente, e ele sempre tem algo a manifestar, algo a ser curado, algo a vir a tona. Isso é bom. De que outra forma poderíamos olhar para certos lugares se eles permanecessem escondidos?

Estive pensando sobre a minha vida, e na verdade que eu teimo em fingir que não enxergo, escancarada nos meus olhos. Preciso de coragem para abrir mão de um sonho que já atingiu seu ápice, deixa-lo cair, em pról de outros que se erguerão. Preciso pendurar a chuteira, soltar o bastão, ir atrás de outros sonhos. Não tá sendo fácil para mim. Não pelas ações, mas pela culpa que vem com essa decisão. A insegurança do novo começo, a insegurança de nem sequer ter um começo. Mas ao mesmo tempo nasce a vontade de, enfim, ser mais verdadeira comigo, honrar mais meus desejos. Não da mais para fingir que não estou vendo.

Você ja se sentiu assim? Sabendo o que não quer mais fazer mas sem idéia do que vai pôr no lugar? É o vazio, e o medo de continuar vazio que me assusta. Eu deveria estar fazendo alguma coisa? Ou não devo pensar nisso agora?

O fato é, o tempo passou, mas eu não quero mais olhar pra ele como algo perdido. É como se eu nao tivesse caminhando para lugar nenhum, quando eu estou. Só é preciso confiar mais no longo prazo. Lá na frente, tudo vai fazer sentido.

Esse ano vou procurar cuidar de tudo que já tenho, e fazer planos diferentes dos que eu fiz até então. Não dá certo focar num ponto abstrato do mapa, se não caminhei até lá, talvez não seja tão importante assim. Talvez nem seja o meu caminho.

Mas se eu mudar o destino, e mudar o caminho, quem sabe eu me encontre nesse novo lugar. Lugar que sinto que sempre pertenci, que esteve aqui do lado o tempo todo e eu não vi. Valorizar mais as coisas simples.

Viver de verdade nem sempre quer dizer conquistar o mundo lá fora, as vezes é preciso conquistar o de dentro primeiro.

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